O técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, pode ter conquistado tudo nas quadras, mas divide opiniões porque seu jeitão maluco por vitórias não caiu no gosto de todos os fãs do esporte. Mas nesta sexta-feira, quando seu time garantiu vaga na decisão olímpica atropelando a Itália, ele estava diferente. Feliz. Elogioso. Prometeu até mostrar aos descendentes o desempenho da equipe no segundo set, com vitória por 25 a 12.
"Esse é para guardar. Vou mostrar para filho, para neto", disse o treinador. Nesse set, o seu time além de ter defendido quase todas as bolas de ponta dos italianos, também cravou tudo que pode -- em especial com Murilo e Dante. O vigésimo ponto foi daqueles para guardar na coleção de maiores feitos da seleção sob seu comando, ele próprio afirmou. "Aquilo dá uma moral que vocês não têm ideia. No lado deles só vem a certeza de que não vai dar", contou.
Levantador da equipe e filho do treinador, Bruno saiu sem essa certeza de que vai guardar o set na galeria de seus grandes momentos na seleção. "A gente sai da quadra sem a certeza de que é algo memorável mesmo, a cabeça está só no jogo", disse. "Mas aquele ponto foi realmente um dos nossos momentos incríveis. Estávamos com uma vantagem grande e jogamos como se estivesse 20 a 20. Ali deu para ver que não íamos largar."
O líbero Serginho achou graça do comentário do treinador. "Eu depois que acabar minha carreira não vou querer saber de vôlei tão cedo. Vou ver é desenho", divertiu-se.
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