quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sandy já matou 43 pessoas nos Estados Unidos e deixou Nova York parada

Pelo menos 43 mortos, oito milhões de casas sem eletricidade e a cidade de Nova York paralisada. Este foi o balanço devastador desta terça-feira da passagem do Furacão Sandy pela costa leste dos Estados Unidos. O presidente Barack Obama reuniu seu comitê de crise e cancelou eventos previstos para quarta-feira, uma semana antes das eleições, para ficar em Washington e coordenar ações em resposta à catástrofe climática. Obama foi informado durante toda a noite sobre a evolução de Sandy e esteve em contato com autoridades de Nova York e Nova Jersey, dois dos estados mais afetados pela tempestade, conforme informou a Casa Branca. "Esta tempestade ainda não terminou", alertou o presidente durante visita à sede da Cruz Vermelha em Washington, assegurando que as pessoas que foram afetadas pelo ciclone devem saber que "os Estados Unidos estão com elas". Connecticut, Nova York, Nova Jersey, Maryland, Pensilvância, Carolina do Norte, Virgínia e Virgínia ocidental reportaram mortes relacionadas com a passagem de Sandy, enquanto em Toronto, no Canadá, a polícia informou que uma mulher morreu atingida por um objeto arrastado pela tempestade. Apenas em Nova York foram registradas 23 mortes, conforme, anunciou o governador do estado, Andrew Cuomo. Estas vítimas se somam aos 67 mortos deixados por Sandy em sua passagem pelo Caribe. Os devastadores danos materiais da tempestade, que tocou a terra na noite de segunda-feira em Atlantic City (Nova Jersey) como ciclone extratropical e ventos de até 150 km/hora, começaram a ser mensurados. A supertempestade castigou a densamente povoada região leste dos Estados Unidos, inundando boa parte das áreas baixas de Manhattan, paralisando o transporte público em muitas cidades e deixando sem eletricidade milhões de pessoas. Na terça-feira, mais de oito milhões de residências estavam sem eletricidade em 18 estados do noroeste dos Estados Unidos e na capital, Washington, anunciou o Departamento de Energia. O estado mais afetado era Nova Jersey, com 2,5 milhões de lares sem energia elétrica. Nova York lutava para superar os danos provocados por Sandy, que obrigará a cidade a passar vários dias sem seu vital serviço de metrô e sem eletricidade em dezenas de milhares de lares. Todo o serviço de transporte público nova-iorquino está suspenso desde a noite de domingo, antes da chegada do furacão, paralisando uma cidade de 8,2 milhões de habitantes. Segundo o prefeito de NY Michael Bloomberg, esta tempestade foi "talvez a pior" experimentada por Nova York em sua história e provocou "extensos danos que não serão reparados da noite para o dia", entre eles 80 casas queimadas em um único incêndio. Após acordar como cidade fantasma, Nova York recuperou parte de sua atividade com o passar das horas, com um tráfego fluindo e mais lojas abertas no centro de Manhattan. A parte mais afetada era o sul de Manhattan, a partir da rua 40, onde umas 20 mil residências estavam seu eletricidade, uma situação que deve se manter por vários dias. Bloomberg disse esta terça-feira que levará tempo para que o metrô volte a funcionar, já que a água do mar entrou nos corredores e túneis, superando em alguns locais o nível das plataformas. Três pontes nova-iorquinas que ligam Manhattan ao Brooklyn (sudeste) foram reabertas na manhã desta terça-feira. A bolsa de Nova York, fechada desde a segunda-feira, retomará suas atividades na quarta. Mas as escolas continuarão fechadas.

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